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A secretária do Tesouro, Janet L. Yellen, pediu no domingo que os credores internacionais acelerem seus esforços para fornecer alívio da dívida aos países em desenvolvimento que enfrentam inadimplência, argumentando que sustentar suas finanças em deterioração beneficiaria a economia global.

Falando em Gandhinagar, na Índia, antes de uma reunião de ministros das finanças do Grupo dos 20 países, a Sra. Yellen citou um acordo recente entre credores internacionais, incluindo a China, para ajudar a Zâmbia a pagar suas dívidas. Ela disse que o acordo, que levou mais de um ano para ser negociado, deveria ser um modelo a ser usado para ajudar outras nações, como Gana e Sri Lanka, a acelerar o alívio da dívida e restaurar o crescimento.

“Devemos aplicar os princípios comuns com os quais concordamos no caso da Zâmbia em outros casos, em vez de começar do zero todas as vezes”, disse Yellen. “E devemos ir mais rápido.”

O secretário do Tesouro observou que mais da metade dos países de baixa renda estão em situação de superendividamento ou quase – o dobro do total de 2015. Essas nações enfrentam um ciclo vicioso, porque os altos níveis de dívida pública dificultam a atração de investimentos públicos e privados.

“Quando esses países se desenvolvem e contribuem para a economia global, todos nós nos beneficiamos”, disse Yellen.

No mês passado, o governo da Zâmbia saudou um acordo garantindo uma prorrogação de três anos nos pagamentos de US$ 6,3 bilhões em dívidas, a maior parte para credores chineses. Isso abriu caminho para o FMI liberar US$ 188 milhões em fundos de ajuda sob um pacote de resgate de US$ 1,3 bilhão. O acordo só veio depois de um ano e meio de negociações tortuosas que deixaram as finanças da Zâmbia em estado precário.

A Sra. Yellen disse que pediria aos seus homólogos do G20 que acelerassem os esforços para permitir que os países pobres reestruturassem sua dívida e fornecessem mais clareza aos mutuários sobre como a reestruturação deveria funcionar.

Sua viagem à Índia ocorre menos de uma semana depois que ela voltou de Pequim, onde teve reuniões com altos funcionários chineses sobre como estabilizar o relacionamento entre os Estados Unidos e a China.

Além do sobreendividamento, espera-se que os ministros das finanças discutam os esforços internacionais para modernizar o Banco Mundial e outros bancos regionais de desenvolvimento.

Espera-se que os ministros das Finanças continuem discutindo o apoio internacional à Ucrânia, que tem sido uma questão controversa no G20. A Rússia é membro do grupo e vários países, incluindo a Índia, tentaram se manter neutros no conflito.

Em seus comentários no domingo, Yellen deixou claro que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais não têm intenção de reduzir o apoio à Ucrânia.

“O apoio de nossa coalizão à Ucrânia é inequívoco”, disse Yellen. “Os Estados Unidos ficarão com a Ucrânia pelo tempo que for necessário. E sei que os aliados e parceiros de nossa coalizão também o farão”.

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By NAIS

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