Sat. Jul 27th, 2024

Lindsay Crouse

Na manhã de domingo, o mundo recebeu uma importante nova foto de Catarina, a Princesa de Gales, rodeada por seus três filhos de aparência feliz. Foi um lembrete virtuoso de que especulações infundadas sobre se havia uma razão sinistra para a sua prolongada ausência pública, em vez da “cirurgia abdominal” oficial, eram inúteis.

A internet atacou a foto. No início, as perguntas pareciam excessivamente críticas: por que ela não estava usando seu anel de noivado gigante? Poucas horas depois, surgiram relatos de fabricação real: esticar a foto e a manga da princesa Charlotte e a bainha do suéter do príncipe Louis estão irregulares. Em poucas horas, a Associated Press retirou a fotografia, que havia sido divulgada pelo Palácio de Kensington. (Desde então, a princesa assumiu a responsabilidade pela foto manipulada e pediu desculpas por meio de uma postagem nas redes sociais.)

É assim que se destrói uma marca – com uma fotografia adulterada que promete alimentar as próprias conspirações que pretendia extinguir.

Há duas questões em jogo: primeiro, que a realeza mentiu (por que estão mentindo?) e, segundo, que mentiu de maneira tão espetacularmente mal. Eles não foram capturados por um jornalista investigativo; eles foram capturados por qualquer pessoa que saiba beliscar uma foto do Instagram com dois dedos e aplicar zoom.

É bastante compreendido que esta família – uma instituição sustentada por milhões de dólares de impostos – sempre sobreviveu através da manipulação da confiança pública. Mas sempre que a máquina dessa manipulação aparece, a confiança enfraquece. Talvez Catherine realmente esteja passando sua convalescença no Photoshop alterando fotos de família, mas quem acreditaria nisso agora? Uma monarquia moderna não pode mentir de forma tão descuidada e sair ilesa.

A realeza afirma que não são celebridades e que possuem um direito herdado à superioridade. Mas a sua posição tornou-se tão frágil que já não há margem para erros. Se a fantasia se baseia na ideia de que a realeza é melhor do que as pessoas normais, a monarquia não deve ser tão descuidada a ponto de cometer erros que qualquer influenciador comum saberia evitar.

Ao abrirem-se casualmente a acusações legítimas de mentira, a realeza mina a máxima da Rainha Isabel II de que a realeza “tem de ser vista para acreditar”. Eles revelam ao público, que paga pela sua existência, que a expectativa de adoração pública da realeza não é um direito. É esse desejo de adoração sem visibilidade que põe em risco a sua legitimidade.

Se a realeza levar a sério a manutenção do poder herdado, deve lembrar-se de que o seu poder se baseia na confiança institucional. Supõe-se que sua marca signifique prestígio, e não falsificação descuidada que convida ao escrutínio público. Esses erros revelam as fissuras na armadura, que se acumulam com o tempo. O público pode começar a perguntar-se por que é que uma instituição amadora, com toda a sua riqueza herdada e recrutada, justifica o interesse público, e muito menos o apoio público.

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By NAIS

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