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As postagens no site da Adidas dos tênis Yeezy Boost 350 V2, em preto e vermelho e cinza em dois tons, vendidos por 200 euros o par, ou cerca de US$ 213, geraram burburinho nas redes sociais, refletindo a popularidade duradoura da marca. Os sapatos começam a ser vendidos na quinta-feira.

A Adidas disse que sua decisão de cortar relações com Ye custou à empresa 1,2 bilhão de euros em vendas perdidas e cerca de 500 milhões de euros em lucro este ano.

As opções para eliminar o estoque variavam de queimá-lo a doá-lo aos necessitados. Gulden disse que descobrir o que fazer com o estoque restante é “uma das decisões mais difíceis de que já tomei parte”.

Mas sabe-se que os sapatos Yeezy são vendidos por até US $ 1.000 o par e continuam populares, apesar de sua associação com Ye. Assim, a empresa disse que tomou a decisão em consulta com grupos como Black Lives Matter e o Philonise & Keeta Floyd Institute for Social Change, dirigido por Philonise Floyd, irmão de George Floyd.

Jonathan A. Greenblatt, executivo-chefe da Liga Anti-Difamação, que está entre os grupos que se beneficiarão com os lucros da venda, saudou a decisão da Adidas como adequada à complexidade do problema.

“Esta é uma resolução cuidadosa e cuidadosa com a mercadoria não vendida”, disse Greenblatt.

Mas outros grupos observaram que, apesar da promessa da Adidas de doar os lucros, Ye ainda ganharia dinheiro com as vendas. A Adidas se recusou a comentar quanto seria, mas Gulden disse anteriormente que Ye ainda tinha um contrato de royalties que a Adidas era obrigada a honrar.

“A disposição da Adidas em doar os lucros é altamente louvável”, disse Josef Schuster, presidente do Conselho Central de Judeus na Alemanha, mas acrescentou: “O fato de Kanye West lucrar financeiramente com a venda é altamente problemático”.

A marca Yeezy se tornou uma força definidora na indústria de roupas esportivas e uma pedra angular incrivelmente lucrativa para a Adidas. A parceria entre o rapper e a empresa, com sede na Alemanha, foi considerada a colaboração esportiva de maior sucesso desde que Michael Jordan se uniu à Nike.

Mas no outono passado, o comportamento errático de Ye e os comentários direcionados a negros, judeus e outros causaram um alvoroço. A Adidas foi pressionada por não ter reagido, depois que outras marcas romperam relações com o artista.

Além dos dois estilos colocados à venda, o site mostra imagens de uma dezena de outros modelos, sugerindo que mais poderão ser anunciados nas próximas semanas.

A Adidas disse que está considerando novos lançamentos do estoque da Yeezy, mas não deu um cronograma. Os clientes foram solicitados a baixar um aplicativo e se registrar para atualizações.

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By NAIS

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