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Esses sentimentos ecoaram os sentimentos dos manifestantes, muitos deles jovens, nos últimos dias, reacendendo um assunto profundamente delicado na França, onde as autoridades preferem não falar sobre raça e discriminação em um país que se orgulha do igualitarismo.
Mas nos subúrbios mais pobres, onde vivem muitas pessoas de cor e origem imigrante, o ressentimento borbulha logo abaixo da superfície quando eles veem oportunidades cortadas por escolaridade muitas vezes abaixo do padrão e discriminação na contratação.
Nanterre é um desses subúrbios. Está melhor do que antes, quando era conhecida pelas vastas favelas que abrigavam milhares de migrantes norte-africanos após a Segunda Guerra Mundial. Nas décadas de 1960 e 1970, o governo francês construiu uma grande universidade em Nanterre e um importante projeto de habitação social que ajudou a melhorar a imagem pública da região.
Os arranha-céus de habitação pública de Pablo-Picasso, situados nos arredores do distrito comercial de La Défense, em Paris, são exemplos desse esforço. Mas Nanterre continua sofrendo com o alto desemprego – 14% em comparação com 8% nacionalmente em 2020, segundo estatísticas oficiais – e alguns bairros, incluindo Pablo-Picasso, sofrem com o tráfico de drogas.
Ainda assim, a violência dos últimos dias tem confundido muitos moradores do bairro, que a veem destruindo propriedades no local onde vivem, o que simplesmente torna a vida das pessoas mais difícil.
“A raiva é tão forte quanto a violência da tragédia”, disse Mohamed Saly, que administra o Le 35, um popular restaurante de bairro com seu marido, Brahim Rochdi. “Entendo essa raiva, mas não apoio as ações que foram tomadas.”
Na sexta-feira, ela fazia parte de um grupo de cerca de 30 moradores que passou a noite tentando dissuadir os manifestantes de vandalizar casas e empresas. Eles se reuniram perto da Le 35, em uma rua repleta de carros queimados. Logo, eles testemunharam uma cena que já conheciam muito bem.
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