Sun. Oct 13th, 2024

A Organização Mundial da Saúde disse que a China compartilhou dados sobre um recente aumento de doenças respiratórias em crianças, um dia depois de a agência ter afirmado que estava buscando informações sobre a possibilidade de casos de pneumonia não diagnosticados no país.

Os dados chineses indicaram “nenhuma detecção de quaisquer patógenos incomuns ou novos”, de acordo com um comunicado da OMS na quinta-feira. Os dados, que incluíram resultados laboratoriais de crianças infectadas, indicaram que o aumento de casos foi resultado de vírus e bactérias conhecidos, como a gripe e o micoplasma pneumoniae, uma bactéria que causa doenças geralmente leves.

As internações hospitalares de crianças aumentaram desde maio, assim como as consultas ambulatoriais, mas os hospitais conseguiram lidar com o aumento, disse a China à agência global de saúde.

A OMS fez o pedido de informações depois de notícias chinesas, bem como publicações nas redes sociais, terem indicado um aumento notável de crianças doentes nas últimas semanas. Os pais relataram longas filas, às vezes de oito horas ou mais, em hospitais infantis. A Comissão Nacional de Saúde da China reconheceu os relatos de superlotação.

Alguns desses relatórios também chamaram a atenção esta semana dos membros do ProMED, um site de rastreio de doenças gerido pela Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas que as autoridades de saúde monitorizam em busca de alertas precoces de potenciais doenças emergentes.

A transparência da China na notificação de surtos tem sido objecto de intenso escrutínio global, depois de ter encoberto os primeiros casos do vírus SARS em 2003 e do vírus que levou à pandemia de coronavírus em 2020. A OMS no início deste ano repreendeu as autoridades chinesas por reterem dados que a agência disse que poderia esclarecer as origens do coronavírus.

A OMS emitiu o seu pedido formal de dados um dia depois de um membro da ProMED ter partilhado uma notícia de Taiwan sobre um aumento no número de crianças doentes em Pequim e em Liaoning, uma província do nordeste da China. As autoridades chinesas já tinham reconhecido publicamente um aumento de doenças respiratórias entre as crianças, mas a OMS afirmou que não estava claro na altura se esse aumento era causado por agentes patogénicos conhecidos.

“Um dos principais objectivos era identificar se houve ‘aglomerados de pneumonia não diagnosticada’ em Pequim e Liaoning, conforme referido nos relatos dos meios de comunicação social”, refere o comunicado da OMS.

A OMS disse que o aumento de infecções na China ocorreu no início da temporada do que historicamente esperado, mas “não inesperado”, dado que este foi o primeiro inverno desde que a China suspendeu as rigorosas restrições ao coronavírus que impôs em 2020. Outros países experimentaram saltos semelhantes em outras doenças após suspenderem os controles da Covid.

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By NAIS

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