Wed. Oct 9th, 2024

A partir de janeiro do próximo ano, o Brasil voltará a aplicar tarifas de importação de veículos elétricos extintas desde 2015, conforme anunciou esta sexta-feira a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Brasil.

Os carros elétricos ou híbridos fabricados no exterior pagarão uma tarifa entre 10% e 12% a partir de janeiro, que aumentará gradativamente para 35% em 2026, segundo a Camex, conselho interministerial responsável pelas políticas comerciais. A decisão afecta uma das grandes indústrias europeias: a automóvel.

Embora não seja o principal mercado da UE, o Brasil importou perto de 16 mil milhões de máquinas e veículos em 2022, segundo dados do Eurostat, perto de 45% do total das exportações para o país.

As autoridades brasileiras destacaram que a medida visa ajudar a indústria nacional a desenvolver a cadeia produtiva do setor e acelerar a redução das emissões de dióxido de carbono da frota brasileira, segundo a agência estatal de notícias Agência Brasil.

Coincide também com o retorno da política de incentivo ao uso do etanol de cana-de-açúcar, biocombustível que teve ascensão nos primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e que agora retoma em seu terceiro mandato. força.

A Camex publicou documento com os detalhes da aplicação progressiva do imposto, que chegará a 35%, máximo permitido entre os países membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).

Os caminhões pagarão mais mais cedo

A tabela leva em consideração o tipo de veículo, fonte de carga da bateria e o uso pretendido para os mesmos, sendo que os caminhões terão o aumento mais rápido e em 2024 pagarão o máximo estipulado de 35%.

No entanto, as empresas têm até 30 de junho de 2026 para continuar a importar com isenção até determinadas quotas de valor, também definidas por modelo e que vão dos 582 milhões de dólares em 2024 aos 159 milhões no último ano.

Desde 2015, o Brasil aplica tarifa zero na importação de veículos elétricos e peças e oferece descontos em outros impostos, o que contribuiu para transformar o país no maior mercado da América Latina, com uma frota de 126.504 veículos elétricos e híbridos.

3,6 bilhões em ajuda

Os subsídios, que conseguiram reduzir o custo das importações em 35%, fizeram com que o Brasil deixasse de arrecadar 3,6 mil milhões de dólares desde a entrada em vigor da regra, segundo estudo da consultora Bright Consulting. Contudo, o sector estava dividido em relação a estes subsídios.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem se oposto a esses benefícios fiscais, embora empresas integrantes da entidade, como a General Motors, defendam a isenção tributária como incentivo à produção local.

Por outro lado, a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) defende não só a redução de impostos, mas a necessidade de “ampliar” “políticas públicas” para favorecer o setor, como disse à EFE o presidente desta associação em março. Alberto Maluf.

By NAIS

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