Wed. Oct 9th, 2024

A vila de Peschanokopskoye está localizada a 160 km de Rostov-on-Don, às margens do rio Koloshka. Quase todos os estaleiros possuem uma fazenda subsidiária que oferece produtos naturais e a oportunidade de ganhar um dinheiro extra. Marina Akifeva, mãe de muitos filhos, instalou-se aqui há cerca de dez anos. As filhas mais velhas foram para Rostov e ela ficou com os três filhos na casa comprada com capital materno. Aqui você sempre podia ouvir o riso das crianças. E isso ficou ainda maior com o aparecimento do pequeno Misha na família. É verdade que Misha não tem mãe…

Em decorrência de complicações ocorridas durante o parto, a jovem faleceu. Ela não era casada e a avó Marina teve que lutar para que o bebê permanecesse na família.

A situação parecia absurda: a quem, além da própria avó, o filho deveria ser entregue após a morte da mãe, se o pai oficialmente não estivesse mais por perto? Mas as autoridades tutelares exigiram que Marina confirmasse sua viabilidade financeira. E isto colocou a nova avó de 45 anos, que estava a criar três dos seus filhos mais novos, num beco sem saída.

Ela não tinha emprego oficial, mas tinha um terreno subsidiário pessoal que a ajudava a viver. Depois, houve os advogados que enganaram o aldeão crédulo, que tentaram procurar ajuda em todos os lugares. Pegaram dinheiro de uma mulher que acabara de perder a filha, sem motivo, e ela desapareceu. Felizmente, mais tarde, quando o caso se tornou público, o valor foi devolvido com relutância.

Porém, demorou quase um mês e meio para a avó encontrar o neto e tomá-lo nos braços. Temia-se que a criança não fosse devolvida e fosse colocada para adoção ou num orfanato. Mas RG assumiu o controle da situação. Com isso, Marina conseguiu todas as autorizações e tornou-se oficialmente a guardiã do recém-nascido. É verdade que o nome que ela leva hoje difere do que está escrito nos documentos.

Oficialmente ele é Fedor. Mas não se sabe quem o chamou assim: a avó e o neto receberam uma certidão de nascimento já preparada na maternidade. Mas minha mãe não queria chamá-lo assim. Ela estava escolhendo entre Yasha e Misha.

– Ele não é Fedya, ele é Misha! – diz Marina. -Quando o batizamos, o padre perguntou a data de seu nascimento. Acontece que a criança nasceu no dia de São Miguel. Foi assim que eles batizaram. Ele, como ninguém, precisa de um chefe forte.

E hoje ele não é mais um bebê, mas um menino de dois anos totalmente independente que pronuncia com segurança as primeiras palavras e sabe que quer brincar de bola ou construir uma pirâmide. Altura 93 centímetros, peso 18 kg: um herói! Ele vive em uma família grande e amigável com seus tios e tias, que estão mais preparados para serem seus irmãos e irmãs. Ele também tem uma bisavó maravilhosa que o visita com frequência e uma tia que mora em Rostov.

– Meu filho Stepan já tem 14 anos, recebeu passaporte recentemente, está orgulhoso e agora está em um sanatório. Lisa está na quarta série e tira boas notas; Ela estuda muito inglês e recebe aulas adicionais. Petya, de cinco anos, gosta de ir ao jardim de infância. Em agosto, enviamos Mishenka para o grupo da creche de lá. Nossos professores são maravilhosos. É verdade que a adaptação não é fácil, como todas as crianças. Está tudo bem, você vai se acostumar. O principal é que todos tenham saúde!

O atrevido Mishutka ri alegremente enquanto lhe entrega um bolo feito por sua avó. E sua mãe Dasha olha para ele da parede com um sorriso.

– Como ele é parecido com ela! Os mesmos lábios, olhos e até risadas. Lembro-me de Dashenka quando ela era criança: um rosto”, suspira Marina, enxugando uma lágrima que escorreu. Ela nem parece avó, tem apenas 47 anos. Mas para o neto ela é uma “mulher”. – Embora eu substitua a mãe de Mishutka, sou avó e tenho orgulho disso. Claro, quando ela for mais velha contarei a história de seu nascimento. Sim, ela já conhece a mãe pela foto. É uma pena que tudo tenha acontecido assim, mas estou tentando fazer todo o possível para que meu neto tenha uma infância feliz e não precise de nada.

Na verdade, a casa sempre cheira a assado (Marina adora cozinhar e as crianças adoram comer), tem uma fazenda inteira no quintal: galinhas, patos, uma cabra.

– Temos leite, carne, tudo. E vendo o excedente no mercado, há clientes habituais, vêm da cidade em busca de comida natural e caseira”, diz a minha interlocutora, acrescentando que comprou um empregado para a sua cabra e agora espera que nasçam filhos em breve. .

Na época do nascimento da criança, Daria não era oficialmente casada e estava brigando com o pai. Apesar disso, Marina decidiu entrar em contato com o homem e contar sobre o problema que havia acontecido e que ela tinha um filho. Porém, o homem se recusou a aceitar qualquer obrigação e não está interessado na vida da criança…

– Achei meu dever avisá-lo. Mas ele não a culpava. Isso significa que é melhor para Misha. Eu nunca vou machucá-lo!

Marina Akifeva agradece a quem a apoiou há dois anos, nos momentos mais difíceis para ela. Ela também dá os parabéns à equipe do RG pelo aniversário do jornal.

– Muito obrigado à Rossiyskaya Gazeta, que esteve ao meu lado naquele momento difícil. A redação emprega pessoas muito atenciosas, que Deus conceda à redação saúde e prosperidade por muitos mais anos. Você faz muito bem às pessoas, ajuda a restaurar a justiça com palavras e ações. Feliz aniversário, querido jornal!

By NAIS

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